Notícia boa
Quase um ano sem publicar nada por aqui, não poderia
aparecer sem trazer novidades. E elas são medicamentosas. Mas antes, uma boa
notícia. Já relatei aqui que o medicamento mais eficaz para queimação, no meu
caso específico, é o Prazol 30mg. O problema era a dificuldade de encontrá-lo
na praça. A boa notícia é que uma grande rede de farmácias de minha cidade
passou a vendê-lo, possibilitando sua aquisição. Mas claro que eu tive
participação nisso. Como o medicamento sumiu da praça, eu entrei em contato com
o laboratório que o fabrica, e o laboratório passou a fornecer para a rede de
farmácias. O resultado é que agora posso comprá-lo mais facilmente.
Agora as novidades
Descobri alguns medicamentos que se mostraram muito bons no
combate à queimação e como auxiliares no controle do enjoo: o Gaviscon, o Gaviz
e a simeticona. O primeiro na forma de sachês líquidos, o segundo em forma de
xarope e o terceiro em comprimido. Como já li que o uso frequente desses medicamentos
pode trazer sérios prejuízos à saúde, procuro não usá-los diariamente, mas nos
momentos de maior necessidade. O melhor de tudo é que com o uso do Prazol +
Gaviscon + Gaviz + Simeticona e, eventualmente, quando o enjoo persiste, o
Dramin B6, tenho conseguido alívio para os piores sintomas das minhas crises
estomacais e consegui me livrar de vez da Bromoprida e os seus terríveis
efeitos colaterais. Não estou no país das maravilhas, mas pelo menos tirei um
pé do purgatório.
O Gaviscon e o Gaviz são eficientes no controle da
queimação, com a vantagem de não conter açúcar. No meu caso essa vantagem conta
muito porque o açúcar me faz muito mal. Se algum laboratório estiver lendo este
post, quero deixar aqui a sugestão de não utilizarem o açúcar na formulação de
antiácidos. O açúcar fermenta e faz aumentar o azedo do estômago. Portanto, o
antiácido com açúcar acaba fazendo efeito contrário, ou, na melhor das
hipóteses, não traz o alívio que se espera. Acontece também de você tomar o
antiácido, sentir um alívio momentâneo, mas logo logo a azia está de volta. No
caso do Gaviscon e do Gaviz o alívio é mais duradouro e acredito que isso
esteja diretamente relacionado à ausência do açúcar.
A simeticona é uma substância muito boa para expulsar os
gases e acabar com aquela sensação de que a barriga vai explodir. O processo é
o seguinte: você toma os antiácidos com o estômago queimando e aí os gases
tomam conta. Não sei o que acontece, mas a ação dos antiácidos no combate à
queimação provoca o surgimento dos gases, a barriga dilata (cresce e fica meio
enrijecida), muito parecido com a sensação que a gente sente quando enche a
boca de ar, forçando as bochechas. Aí a digestão fica comprometida. Imagine um balão
de aniversário cheio, com comida dentro. A comida não adere, fica solta dentro
do balão. É essa a sensação que tenho, de que a comida fica solta no estômago,
sem a ação dos ácidos digestivos sobre ela. Como a comida não é digerida, só
existe uma saída e é para cima. Eu então tomo água para forçar o vômito. Só que
não é aquele vômito com enjoo, cefaleia, que faz você desejar a morte como
alívio. É algo mais agradável. Você arrota e a comida sai junto. Aí você vai
esvaziando o conteúdo do estômago. Claro que eu tenho que estar em casa, não dá
pra fazer isso no trabalho ou locais públicos. Você precisa ir ao banheiro
algumas vezes. À medida que o estômago vai ficando vazio, o azedo vai diminuindo
aos poucos e você começa a sentir movimentos no estômago (o ronco que a gente
sente quando está com fome e há muito tempo sem comer). É o sinal de que há
vida no estômago e aí as coisas vão melhorando até atingir uma normalidade.
No meu caso, há um ciclo. De segunda a quarta-feira eu passo
bem. De quinta pra sexta, começam os sinais da crise no estômago. Aí passo por
todo o processo que descrevi acima. Fico uns dois dias (sábado e domingo)
tomando os medicamentos e esvaziando o estômago. Passada a crise, estou novinho
em folha. Parece coisa de louco, mas acho que é algo metabólico, um processo
que vai se desencadeando ao longo da semana.
Quando relato isso a um médico ele trata de me sugerir uma consulta com psicólogo ou então me receita um daqueles remédios tarja preta que
você toma e começa a babar pelos cantos da boca, feito cachorro doido. O último
médico que consultei me receitou um desses e fez a seguinte recomendação: “Não
leia a bula. Você não vai ter coragem de tomar!”. Depois de ouvir isso é claro
que não tomei.
Os médicos precisam entender que nem sempre a gastrite,
queimação etc. são consequência do stress, do nervosismo e parar com essa
história de enfiar calmante nas pessoas. Eu percebo que o meu humor varia
muito, mas quase sempre o nervosismo é consequência dos problemas do estômago e
não causa deles.
Na cabeça dos médicos o processo se dá assim: você se
estressa, vem o nervosismo e com ele a queimação, a gastrite, a úlcera etc. No
meu caso ocorre o inverso. Eu estou bem, surgem os males do estômago e eu fico
de mau humor. Portanto, não é o emocional que me deixa com queimação, é a
queimação que mexe com o emocional e traz o desequilíbrio. Tem dia que estou
mais zen que o próprio Buda, e lá vem a queimação. Uma coisa não tem nada a ver
com a outra. Só o aleijado sabe onde mais dói a muleta. E enquanto os médicos
não caem na real, a gente vai se virando como pode, experimentando dietas e
medicamentos.
Muito bacana seu blog!
ResponderExcluirDeixei de ter enxaqueca deixando de comer açúcar,chocolate,glúten e qualquer outra farinha.Também tinha uma queimação que não passava nunca,acho que ter a ver com a hipoglicemia que tenho.A dor de cabeça era tomo dia,ja acordava e a primeira luzinha fraca ja sentia dor no fundo dos olhos.Fiquei anos assim.
ResponderExcluirNana, pra quem tem hipoglicemia o açúcar é veneno. Um médico uma vez me explicou o que acontece: sua glicose está baixa e você ingere o açúcar. Esse açúcar faz sua glicose subir de uma vez, o que provoca uma espécie de choque. Esse choque desencadeia os sintomas que você relata. Por isso, a alimentação correta para o hipoglicêmico é à base de carboidrato. O carboidrato é processado pelo organismo e transformado em açúcar. Como isso é um processo mais lento, então não temos os sintomas desagradáveis provocados pela ingestão direta do açúcar. A maioria das orientações que estão disponíveis na internet orienta para que a pessoa coma um doce ou até chocolate nos casos de hipoglicemia. Isso é totalmente contraindicado. Eu evito até de comer fruta sem acompanhamento. Por exemplo, se estou de estômago vazio e como uma banana é certo que o resto do dia vai pro lixo. É dor de cabeça, mal-estar e por aí afora.
ResponderExcluirNana, pra quem tem hipoglicemia o açúcar é veneno. Um médico uma vez me explicou o que acontece: sua glicose está baixa e você ingere o açúcar. Esse açúcar faz sua glicose subir de uma vez, o que provoca uma espécie de choque. Esse choque desencadeia os sintomas que você relata. Por isso, a alimentação correta para o hipoglicêmico é à base de carboidrato. O carboidrato é processado pelo organismo e transformado em açúcar. Como isso é um processo mais lento, então não temos os sintomas desagradáveis provocados pela ingestão direta do açúcar. A maioria das orientações que estão disponíveis na internet orienta para que a pessoa coma um doce ou até chocolate nos casos de hipoglicemia. Isso é totalmente contraindicado. Eu evito até de comer fruta sem acompanhamento. Por exemplo, se estou de estômago vazio e como uma banana é certo que o resto do dia vai pro lixo. É dor de cabeça, mal-estar e por aí afora.
ResponderExcluirAlguém?
ResponderExcluirMe sinto assim com dores no estômago, nauseas e uma queimação daquelas, já fiz uma endoscopia e tudo esta normal.
Alguém se identifica?