É como diz o velho
ditado: “Nada é tão ruim que não possa piorar”.
Desde a última postagem, vinha eu tendo uma rotina até certo
ponto confortável, controlando a azia e queimação com medicamentos e a
hipoglicemia com dieta. Porém, de uns tempos pra cá passei a sentir uma dor
terrível na região do abdômen. Fiz vários exames (endoscopia, colonoscopia, colangioressonância
magnética, ultrassom) e foi detectada uma lama na vesícula. Porém, os dois
médicos que consultei não puderam cravar que a dor seja fruto da tal lama.
Mas como é a dor?
Geralmente ela começa como quem não quer nada e vai
aumentando aos poucos até tomar conta de todo o abdômen e é aí que o filho
chora e a mãe não vê. Fui parar em pronto-socorro ao menos 3 vezes porque os
analgésicos mais comuns, à base de dipirona, ibuprofeno ou paracetamol, não dão
conta da dor. Por conta disso, virei atleta da madrugada. É que a dor não cedia
com os medicamentos e não tinha posição que me deixasse confortável: sentado
doía, deitado também. O único jeito de suportar a dor era caminhando. Então
passei a caminhar em volta de casa durante várias noites. O galo cantando no
quintal do vizinho, às 3 da madrugada, e eu lá caminhando. Só lá pelas 5, 6 horas
é que a dor cedia. O estranho é que a dor não tem um ponto de origem. Ora começa
na parte inferior do abdômen, ora parece começar nas costas, na altura do rim
esquerdo. Peguei os exames e fui a um urologista, que me tranquilizou em
relação ao rim. Foi bom porque ele me receitou um medicamento mais potente para
a dor, o Codaten, que tem codeína em sua fórmula. Esse medicamento tem me
ajudado muito e colocou fim nas caminhadas noite a dentro. O problema é que é o
tipo de medicamento que você não pode usar muito tempo porque vicia e também porque prejudica a saúde..
A injeção milagrosa e
a médica torturadora
Em uma de minhas idas ao pronto-socorro por conta da dor, me
aplicaram nubaína na veia. Nunca vi algo como aquilo. A enfermeira aplicou
apenas meia dose e eu já fui ficando tonto, e a dor foi sumindo como num passe
de mágica. Na segunda vez fui correndo ao hospital. Pensei eu: chego lá, me
aplicam a tal da nubaína e adeus dor rapidinho. No hospital, depois da longa
espera de sempre, ouço chamar meu nome. Quando cheguei no consultório, já fui
falando pra médica aplicar a tal injeção milagrosa. Ela se recusou dizendo que
a tal nubaína é viciante e que não prescreveria. E receitou os medicamentos que
são de praxe nos casos de dor abdominal (buscopan e cia.). Foi noite de
sofrimento. A dor não cedia e só lá pelas tantas a médica deu o braço a torcer
e me aplicou a tal nubaína. Só que a infeliz inventou de aplicar na barriga.
Hoje fico pensando que a sujeita deve ter pego umas aulas com algum torturador.
Não dá pra entender uma coisa dessas. Se tem o medicamento pra dar um fim à
dor, por que insistir com outros? É aquela história, pimenta naquilo dos outros é refresco.
Mas voltando ao
problema
O fato de a dor não ter um ponto específico de origem me
fez desconfiar de um possível problema de coluna. Fui então a um especialista e
ele verificou que minha coluna está muito desalinhada, o que pode estar
provocando a dor. Segundo o médico, muitas dores que parecem ter origem no
estômago ou em problemas gastrointestinais são na verdade provocadas por
problemas na coluna. É que a dor começa num ponto específico, mas depois se
espalha, dando a impressão de que é de origem abdominal. E quando ela se
espalha, meu amigo, minha amiga, não queira saber como é.
Sinto os mesmos sintomas, a moleza chamo de sono da morte, so sinto um sintoma a mais que não vi em nenhum de seus posts, dor no braço tipo no meio do braço.
ResponderExcluirEai trivelinha, depois desses anos, como vc tá?
ResponderExcluirsomos parceiro de doenças e de dores, refluxo, gastrite, hipoglicemia, dor nas costas por dormir sentado, tenho as vezes costocondrite (dor no esterno)... c´est la vie...... de notivias!
Olá, como você está? Melhor?
ResponderExcluirTe entendo em relação a isso, mas no meu caso é um trio: hipoglicemia + refluxo + transtorno de ansiedade generalizada. Minhas noites estão uma luta, as dores fisicas, mal estar, queimação, opressão no peito, falta de ar, pensamentos péssimos sobre esses sintomas, medo de precisar de cirurgia... Isso sem contar a hipoglicemia de madrugada ou logo pela manhã. O mais complicado nesse caso é que minha família não liga mais... Fico desesperada durante as crises, mas me ignoram, é complicado...