segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Atleta da madrugada

É como diz o velho ditado: “Nada é tão ruim que não possa piorar”.
Desde a última postagem, vinha eu tendo uma rotina até certo ponto confortável, controlando a azia e queimação com medicamentos e a hipoglicemia com dieta. Porém, de uns tempos pra cá passei a sentir uma dor terrível na região do abdômen. Fiz vários exames (endoscopia, colonoscopia, colangioressonância magnética, ultrassom) e foi detectada uma lama na vesícula. Porém, os dois médicos que consultei não puderam cravar que a dor seja fruto da tal lama.  

Mas como é a dor?
Geralmente ela começa como quem não quer nada e vai aumentando aos poucos até tomar conta de todo o abdômen e é aí que o filho chora e a mãe não vê. Fui parar em pronto-socorro ao menos 3 vezes porque os analgésicos mais comuns, à base de dipirona, ibuprofeno ou paracetamol, não dão conta da dor. Por conta disso, virei atleta da madrugada. É que a dor não cedia com os medicamentos e não tinha posição que me deixasse confortável: sentado doía, deitado também. O único jeito de suportar a dor era caminhando. Então passei a caminhar em volta de casa durante várias noites. O galo cantando no quintal do vizinho, às 3 da madrugada, e eu lá caminhando. Só lá pelas 5, 6 horas é que a dor cedia. O estranho é que a dor não tem um ponto de origem. Ora começa na parte inferior do abdômen, ora parece começar nas costas, na altura do rim esquerdo. Peguei os exames e fui a um urologista, que me tranquilizou em relação ao rim. Foi bom porque ele me receitou um medicamento mais potente para a dor, o Codaten, que tem codeína em sua fórmula. Esse medicamento tem me ajudado muito e colocou fim nas caminhadas noite a dentro. O problema é que é o tipo de medicamento que você não pode usar muito tempo porque vicia e também porque prejudica a saúde..

A injeção milagrosa e a médica torturadora
Em uma de minhas idas ao pronto-socorro por conta da dor, me aplicaram nubaína na veia. Nunca vi algo como aquilo. A enfermeira aplicou apenas meia dose e eu já fui ficando tonto, e a dor foi sumindo como num passe de mágica. Na segunda vez fui correndo ao hospital. Pensei eu: chego lá, me aplicam a tal da nubaína e adeus dor rapidinho. No hospital, depois da longa espera de sempre, ouço chamar meu nome. Quando cheguei no consultório, já fui falando pra médica aplicar a tal injeção milagrosa. Ela se recusou dizendo que a tal nubaína é viciante e que não prescreveria. E receitou os medicamentos que são de praxe nos casos de dor abdominal (buscopan e cia.). Foi noite de sofrimento. A dor não cedia e só lá pelas tantas a médica deu o braço a torcer e me aplicou a tal nubaína. Só que a infeliz inventou de aplicar na barriga. Hoje fico pensando que a sujeita deve ter pego umas aulas com algum torturador. Não dá pra entender uma coisa dessas. Se tem o medicamento pra dar um fim à dor, por que insistir com outros? É aquela história, pimenta naquilo dos outros é refresco.

Mas voltando ao problema
O fato de a dor não ter um ponto específico de origem me fez desconfiar de um possível problema de coluna. Fui então a um especialista e ele verificou que minha coluna está muito desalinhada, o que pode estar provocando a dor. Segundo o médico, muitas dores que parecem ter origem no estômago ou em problemas gastrointestinais são na verdade provocadas por problemas na coluna. É que a dor começa num ponto específico, mas depois se espalha, dando a impressão de que é de origem abdominal. E quando ela se espalha, meu amigo, minha amiga, não queira saber como é.

De fato minha coluna está pra lá de torta. Nas últimas em que joguei futebol, saía sempre com o tornozelo direito bem machucado. É que a ponta do pé esquerdo está batendo no tornozelo direito, tamanho o desalinhamento da coluna. Outro fator que me fez desconfiar da coluna diz respeito aos muitos anos em que tenho dormido sentado por conta dos problemas do refluxo. Não durmo deitado faz uns 5 anos. Se você passa o dia sentado no trabalho e depois passa a noite também sentado é natural que a coluna sinta as conseqüências. Estou muito otimista e já vou iniciar o tratamento com sessões que eu chamo de desamassamento. O médico chama de manipulação da coluna.

3 comentários:

  1. Sinto os mesmos sintomas, a moleza chamo de sono da morte, so sinto um sintoma a mais que não vi em nenhum de seus posts, dor no braço tipo no meio do braço.

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  2. Eai trivelinha, depois desses anos, como vc tá?

    somos parceiro de doenças e de dores, refluxo, gastrite, hipoglicemia, dor nas costas por dormir sentado, tenho as vezes costocondrite (dor no esterno)... c´est la vie...... de notivias!

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  3. Olá, como você está? Melhor?
    Te entendo em relação a isso, mas no meu caso é um trio: hipoglicemia + refluxo + transtorno de ansiedade generalizada. Minhas noites estão uma luta, as dores fisicas, mal estar, queimação, opressão no peito, falta de ar, pensamentos péssimos sobre esses sintomas, medo de precisar de cirurgia... Isso sem contar a hipoglicemia de madrugada ou logo pela manhã. O mais complicado nesse caso é que minha família não liga mais... Fico desesperada durante as crises, mas me ignoram, é complicado...

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